va por rir ha o céu e o mundo no meio de tudo


vida é moinho de rede - assa de passarinho/ que quando é passa já não é so-L-zinho ha sois e sós seu moço, a massa, uns tao no fundo com o poço e eu já não posso é os oco com o imundo os do que verso o avesso do que é ca-L-minho


vide o redemoinho que torna com quão com a água - já não mais disfa-R-ça o que aqui lhe tranca lhe troca e traça é a trança de um deus menino /voo de arrancar lasca, vinha o que vinha vindo - venda o que sou e suo 


so-L-u e o des-A-tino. 



vinda é o que se avolta cerca e vai expandindo volta é o mesmo inicio a porta que vez se volta vai ja é esvaindo

entende?
vaporizar

lembrete no espelho com batom



Eu sou só
Fruto de sua imagem e ação 

Você está sempre no dial




Eu PHILCO aqui de TAXI esperando a tal da v’ex-
Corrida por entre os dedos /mesma ferida de teclar seu NOKIA saber se eu VIVO pra um só seu OI. Vai ver já foi e a despedida é posta sob a cidade. Sem tanto alarde, esses passantes, mais mesmo antes já eram distantes /geram acordes mais dissonantes que um blues avante - cachorro e gaita.
Nada me escapa.

ok. sem problemas


Eu sou o acre-
Dita em mim alguma fera que não supera mais você
E só lhe caça. E já não disfarça mais a farsa que é dizer: “sim, ta tudo bem” quando outro quer saber.

seu nome quando sobrem os creditos


Cena: esse é o esquema, acordo sem nenhum problema porem desta vez a cidade vazia bem parecia um sonho que eu já temia - é o fim quem principia? - há um tornado vindo pra cá, parece errado, parece estar. Mas todos insistem confirmar: corram pra se salvar! Há tantos porões por aqui... E as coisas sempre a entulhar.

Talho na memória um dia bonito. Um dia infinito com a cidade a velar a dança que meus pés conduzem e os homens de pouca fé se escondem por onde der... Quer saber?Venha o que vier! Estarei em mim e não se surpreenda em me saber assim, doido a dançar sorrindo com o mundo todo por já se indo. Pronto por se acabar e eu, sempre à um passo por ainda dar.

ainda cego



Espreguiço e estalo uns dedos /articulo um dia bom com sol e sorte cada um evita a morte, eu faço o que posso no poço que me atirei sozinho. Catei os sonhos que deu durante o redemoinho que a TV anunciou - da pra acreditar, tubo pra ver novela? Tudo por causa dela... Eu não acordei o acordo e a corda com que me enforca logo se afrouxa o nó. No andar que a carruagem segue, logo - por mais que negue - será bem tarde pra esse mesmo céu que arde /um dia há de apagar - quem vai pagar a conta?

Você, quando me estará pronta pra mais afronta poder chorar? Acendo um cigarro ou dois, o carro é só pra depois - quando eu puder parar. Olho a vida do alto, todos ali no asfalto sempre indo pra algum lugar. Olho pro céu e clamo; choro e depois reclamo: quando é que vai voltar?

Sempre que olho pro lado; vejo quanto quão atrasado e nunca correr ou andar é mesmo o que vá contar... Veja e daqui pra lá, onde é que quer lhe estar?
Sigo comendo e rindo, de tudo e como vai indo, por mais que ache isso lindo, é sempre mais um sumindo, longe pra lá de lá. Deve de ser perfeito, maravilhoso. Ninguém voltou de fato, nem mesmo o mais do orgulhoso veio pra por se gabar. Eu que não tenho jeito, mesmo o mais curioso, vou, quando for - desgostoso, mesmo por aqui ficar. Fico preocupado /os problemas que isso irá causar. Tenho medo e sofro, mas gosto de imaginar.



I

Prova: vez mente

       Houve que ninguém ouviu o outro lado da historia
       E a histeria não deu por conta o que virá agora
            
       - desta vez, só pra variar. Sou eu quem vai acertar a onda


II

Prova: véu que lhe cobre o rosto
      
       Não quer me ver nunca mais, nem menos. Te odeio - já te escapou aos berros
       E eu mesmo erro - mas te seguirei toda uma vida
      

Condiz-
São:
       Diz; repete:
       Também te espero.

Mas, não.

Se c fosse assim um s
Salvaria me desse calvário
Se fosse e então me desse
Talvez já que contrario
Um assunto inacabado. Um verdadeiro assalto.
Braço que não cabe abraço /saudade - salto sempre cedo. Porque tenho medo bem mais que freio. - eu sei, eu sei; também acho feio.

...


Me orgulho de você
Mergulho nesse ser
Me agulho te perder
Pra te prender me ter

Nem tudo


No caminho de meu decurso desde a pedra que então a tive ou me teve em vez, foi aquele grão que se prendeu comigo, e não a pedra, que ali ao longe, se fez e ilustra a tartaruga que vagarosa a mente de nós amantes, bem como antes, já era pra sempre e é para sempre se deixa o estar... Nesse caminho, que ainda em curso, faço esse uso, de assim em letra; grito absurdo. - É só o te nome que sei chamar.
Jamais há em perdoar a dor que então perdura - faço lembrar por não esquecer. E, eu sei. Quem sabe até, lhe faz chorar, desesperança. Se não perdoa, a menos aceita esse eu no mundo, nesse ou no outro, irá te amar. Mesmo e, contudo no fundo e ao mar.


sentado a boca de lobo.


Os primeiros dos socorros prestados são aquele moribundo que vaga em mim e já se agoniza sem querer se levantar - dizem que por falta de atenção e amigos, como cantou Renato ou quase isso - se ouviu no precipício que desde o inicio já era mais que fadado assim ter terminado... Mas a tudo cabe esse tal mudo; que se jaz o mundo já é de se encher com isso e tudo... E é desde o inicio. - você já sabe disso.

Já o outro; se existe, é pouco e é quase louco, já mal se ocupa ou tanto importa se assim esperar. Agora, esse; esse um tem de salvar, tende sempre a não suportar muito desse pouco que cai por sobre, e mesmo rouco, insiste em gritar. Sobra sempre muito pouco nesse corpo e há de notar que quando ainda é de mear, ta sempre ali, por se acabar. Não canta nada, já quase não toca... Escreve o tempo que sobra e quando o que segue tão bem não o dobra, há sempre o que bem se impede quando agora parece já;
Esse, que sempre cobra, e se insiste tanto em acompanhar... Não é nem o que peço, mas une esses multiversos, tão controversos... Uma vez mais. Custam interpor seja o que for e o que a dor não toma. Sabemos: não livra do espinho a mais bela flor, nem a mais bela dama. Doma, bem como numa redoma, castra, condena e dana. - Mas salva, depois inflama. Peço é que salve os dois.

Nessa estrada


Eu não vou tentar esquecê-la ou coisa parecida, vez que não me dou com prolongada despedida e ao que entendo estar ligado de forma ou outra estar errado estou eu na tua estrada mais que o fim pra sua largada.

De certo é no decurso desse tempo que o vento ainda não toca nem por mais que um pensamento - o abstrato desalento de querer algo que em troca suportasse esse momento, como dança ou movimento, que nos trai desde criança. Eu não perco essa esperança de que um dia tal lembrança assim nos traga ao passo que se alcança e estaremos lado a lado. Não há nada errado nisso.

Obviamente, precisa algum espaço que acomode o que se molda que conforte o que incomoda - tanto faz fora de moda, que não caibo um só sorriso... Eu sei por aonde piso, aonde vou e o que preciso. Eu sei de tudo isso e do fim já desde o inicio. Estou sempre a um passo do alem do precipício. A queda é uma moeda que já me foi lançada feito pedra que me intervala passada nessa estrada solitária

De onde vem a passarada? - não que tivesse ouvido, vou de encontro ao estampido, ver que terei já ido sem nem nunca ter partido.

Confesso que vivi também os mares e outras rusgas, que os males dessas rugas já não me causam outras, as mesmas puídas roupas, poucas perdidas linhas que me escapam do poema. E então não terei problema calar feito em outras idas em mim já não há dilema entre essa ou noutra vida. É minha parte preferida nos meus dias dessa vinda. Jamais será esquecida.

minimizando


Portas são meras sugestões - não há ninguém aqui. Não há ninguém em mim. Não vale o fim do que se é assim... Tranco tudo aqui. Não deixo nada sair ou chegar direito. Acessam-me sem nenhum respeito, tiram o que quiser - nunca há algo e o que vier, eu sei, tão bem não será o bastante. Um grande elefante no meio de tudo parece sempre absurdo - deveria ser.

Eu não quero ver ninguém. Tão bem que alguém me queira eu decidi esperar, mas assim como se esgueira não consegui escapar. Não há com quem contar quando só se é sozinho. Não há como perder o caminho quando não se vai pra algum lugar, quando chegar não é o que o importa...  Uma rua estreita e torta? Ok podem-se abrir à porta.

Como uma tarde de domingo,
Eu passarei dormindo.

sempre

vez ou outra, tudo muda. vez ou outra, com na caixa, vagalumes; os meus volumes todos pesam demais e, mais que isso; a lua sempre estará lá! só a abservar. ela sabe de tudo. eu, mesmo mudo, da pra escutar - pra encrustrar a dor. seja onde eu for, eu prometo: eu nao me meto em confusao, pois carrego comigo o amor. - coisa preciosamente perigosa. tanta gente procura aí... eu mesmo, ja parti diversas vezes. me escapei de mim. por ver do fim, o proximo - reparou como parecem apaixonados, os proximos dos mutilados? a gente sempre perde um pedaço. eu mesmo acho, que ja não caibo, quase nao preencho figura com os amor que tenho e trago, parece loucura? da dor, não é? é, deve doer... mas o tempo faz coisas terríveis com o que a gente guarda.

retruco sozinho na sala enquanto você fala ou se cala, imagino.


me aguento porque nao tenho jeito, estou comigo onde eu for. você, por outro lado, é por puro capricho. chamo eu, este, amor. ve se entende, faz favor...



mais uma dose

quase te toco agora. com o poder do vento e aurora, o tempo que jaz outrora nao se demora querer voltar. eu que nao vou chegar - todos presumem. pobres. soubesse quão chego e é todo dia. mas entendo e nem deveria... tem toda uma ideia turva que me perdeu na curva de meu passo e julga... quem vai-se, fuga, que um dia a noticia traz, que deu do gusta? sei la morreu... perdeu-se por aí. não soube mais...
mas ja disse rindo, sou eu oraculo desse tempo! só eu mesmo aguento. eu sei, porque vivo atento... se bem me lembro ainda estou aqui quer queiram ou não meus medicos, meus edipos me sabem pouco... eu vou, mesmo que louco, onde eu quiser, nao assuste então, mulher, se daqui a pouco, se surpreender e assim vier, pedir com um guaco e a mesa ao lado já nao ser outro ali sentado.

premissas


prometo entregar tudo no prazo. dedos cruzados. hoje termino e mudo tudo de lugar, cruzando a porta vai esperança... ha tanta coisa sem onde estar.
vou pensando aqui, no que fazer de mim.
o relogio não deixa nada em paz, mas tem coisa o que o tempo nao toca... teu olhar seu sorriso... tudo de tanto é disso. pudera de estar contigo... mas tem de se ocupar.
pessoas ocupadas não parecem pessoas - não tem poesia. ah, e essa desritmia...

sua voz no meu ouvido me deixa tranquilo. http://www.youtube.com/watch?v=B5k97NBLsLw&feature=related e parece mesmo que tudo vai dar pé.
qqr hr dessas a gente toma um café

boa tarde onde estiver.



enquanto eu 'mexo'.


nem tudo tem de ser e é decifrado, o frasco ta sempre do lado errado, como o fraco que se acompanha. o forte tem de outro norte - não vive de escapar. quem pega pra capar é ele. ja eu, como posiciono? não meço força e plano, ocupo sempre achando tudo redundantemente tedioso. vez ou outra algo gostoso vem tomar lugar, algo que me dê amor - sei onde fica. pena; vejo também se indo. não o meu amor, t
ampouco pelas coisas. mas vejo o que o tempo corrompe, quebra com os laços, tudo. o tempo é esse monstro insano. infame. ainda que eu bem reclame, tá, não me dá ouvidos. segue com seus zunidos, punindo os esquecidos e, armando com os prometidos. dentre mortos e feridos, não se salvou ninguém... bem, bem que se quis - eu vi elis cantar e quis tambem pra mim voce voltar - saudade de minha mãe. com ela, o tempo sempre é de trégua. sem contar, que tens as rédeas de me guiar... saudade - febre terçã. minha alma pagã me guia, dizia um outro assim outro dia... quem me guia não é tua mão. (pra onde meu passo aponta? teu nome e seu coração.) depois se ria... achando ainda que decifrava as linhas desta oração... rs. claro que não. 
pra quem presume tanto, você até que acerta muito pouco - eu disse. enquanto você, alto em sua fonte, não disse nada - levou como antes, o ontem que ainda nao veio. onde é esse freio? pra quê de tanto bloqueio... por isso o meio. por isso e aquilo outro... sempre é algum e nunca é primeiro.

Vou levando


e me acompanhará o dia. subirei mais uma vez essas escadas, hoje vou limpar o espaço, tirar a poeira sobre o passado que guardo às caixas, as malas desse tempo. bagagens de mim jamais serão bobagens - como ouço os meia-estima. os quadros em meu decurso estão todos já suspensos - quando penso no futuro, tenho um jeito duro de lidar o que se vem - embora deposite e borde tudo - e eu sei que duro - perduro tudo a pendurar. pendulo. oscilo entre o desejo e a possibilidade que estende não reveleda. tenho vontade de lhe tirar a roupa que acha te proteger - a mascara - mas tudo tarda por se arder... ah, se hoje ainda chover, tudo cairá por meta de aconchego, traga desse apego e vem poder ninar o mimo que de estar... à sala. o quarto que eu não reparto e a vida, assim, mei' à escondida... olhe, tome essa chave ;)

*preciso desse tempo que o vento traz - mesmo sobria essa sombra nunca sobra - não sei por que?. o que ha de se fazer? me espera acontecer - ja plantei do sonho, agora o tarda é florecer.

mas não esqueça em perguntar: quem se meia quer o quê? porque, mesmo que aqueça... é preciso se viver. 

sem querer mais me estender, segue na sonora o que já não tem hora de se ser; que é pra ajudar a te entender:

também acho.


parei com o carro, 'respire' - ecoava as ideias. passo a passo tomei as escadas e sempre subindo - no caminho que eu ia sumindo pra o novo me poder chegar e assumir - eu tenho a chave e uma vontade de me haver tranquilo. 

duas voltas e a porta abre, o vazio que ha nesse espaço incrivelmente preenche quase que tudo em mim. uma vontade de sorrir desperta a lagrima que salta e se lança num voo lindo... tudo se vai... vai me indo muito além.
ha um bem comigo e a hora, vontade de você me estar - é verdade, você sempre está. te carrego sempre num balão, carrego aos poucos os poucos que trago comigo, tubos, tubulos, tantos os cubos que me cabem coisas, aquelas roupas que jurei um dia talvez usar. ha um sorriso aqui em algum lugar... meu sapato novo de andar sozinho ao sol dessa minha idade tambem se há por volta, ao som da iniquidade, guardo um silêncio. um cheiro de flor. ah se pudesse eu mandar no tempo... soprava um vento pra te tocar cabelos, pra te lembrar de tê-los sempre assim, a me esperar ao longo...
olha que nem sou disso, quase, jamais me precipito. mas te prometo a meta, e a noite - que nos será - completa de se jantar sem pressa, de toda aquela conversa que deixemos por esperar - como sonhos quarando a sós. tão bom quando somos nós e não só você e eu.

nada particular



dia particularmente suspenso nos ares do que nos cerca os olhos sem nos mostrar - particularmente tambem adimito: vez ou outra, um nó toma aqui dentro e aperta e comprime que me escapa entre a rouquidão dessa hora um até que te odeio, mas, acho feio... sigo particularmente suspenso, meus monoblocos.
o som que me segue é bem na vista - quem nota quer comentar, mas teme o que voga, o que volta nem sempre é agridoce... ando indigesto. mas sou gesto inteiro, no calo e outra noite, que engulo o que vejo nos espelhos da cidade... interessante; tudo me lembra você.

remoo aqui dentro o lamento de um só. tunes tinha da razão quando me disse não ha sol a sós! mas resta as estrelas pra gente chutar quando a coisa esquenta... 



ando nessas.

perguntou me um amigo, no passado dos dias, mas vem ca gustaf, e o amor? bem... 
"o verdadeiro nos espera, meu amigo. ele sempre espera". 

16h

bom dia a todos dessa jerusalém voadora, dessa terra pro-metida mas quase que não se mede nem bem se cria. parece dessa ironia. como diz o poeta, ou então dizia, tudo aqui se copia. e se eu não pelar com o sol, como quando se esfria. tudo que eu mais queria, - e tudo já foi se um dia, é quando com quão arredia, sua boca que me engolia... teu sexo, - o plexo dando contexto, meu nexo fora dos eixos.
.. teu sexo, esse que eu bem mereço, bem perto lhe vou com o queixo, com a língua poder tocar. sabe, quis lhe chamar, jogar na minha cama e ver, que a calma que eu vou lhe ter é a mesma e merece ter. ah se todo dia fosse de manhã, a manha de te deitar se me pudesses ver, me ter, já me teria, pudesses mesmo então aprender que então teria... e ter digo teria. mas tá, tudo é tão tanto já hoje em dia... que esse sonho lindo. findo. já podes crer. é só deita e com a minha boca, quieta que eu vou lhe usar. é melhor assim do que apostar. mas poste aí. sabe-se lá que algo se mude... ou passe a importar. 

B+E = BEM.


Sou quem anda agora em campos abertos, nos picos altos, nos montes, por toda parte... visando no céu que é todo azul, um tom de você, um sinal qualquer - pequena nuvem - que queira enviar pra que daqui eu também veja e entenda; me quis chamar, quis me avisar que meu vento chegou entre os teus cabelos, lhe subiu o pescoço pra no teu ouvido dizer que alcançou, que aqui estou e, seja onde for, é sempre à você que caminho e vou. 

-Valeu a força sempre. 

não que você entenda, mas...

catando os cacos coloridos das dores e as flores que aqui murcharam. os espinhos que empunha são mesmo pra quê? eu não sei você, mas vi que nem todo mosaico de mim quebrou-se em vão de fato, meu chão ainda se há, mesmo eu querendo voar. - havia muito aqui guardado aguardando n'água das poças secando nos poços de mim que escavei com pés e os dias. tanta agonia e aflição e pra quê? se do sim e do não, sempre é o por quê a real razão.
porém, poréns tem muito e nunca rogou o mundo. o sub que trai e atrai atras do fraco o atroz pra julgar do incapaz o melhor algoz.
ouça essa voz! sempre me lembro que ainda caído e escondido, acho que tenho sofrido porque ando doente, mas, ainda assim sou o mesmo e tenho sempre a frente o olhar contente de todo amigo. sou grato a isso, por não ser submisso a fé que me envia, de algo que assim se cria, sei, me espera e triste um dia... pois, que ironia... foi catando os cacos doloridos com essas cores, que as flores pois se fecharam. meu céu de dentro qui se abriu, foi quem pariu saiu seu nome! e, continuei minha luta.

foi quando chico.

tive uma infância entre cores e corações, d'outros sabores e de emoções (sou honrado). 
como todo 'outsider' que vem de lá - acho que posso contar; a primeira e primaria que junto aos meus foi na jabuticabeira na casa de Humberto - perto dali, eu fui morar tempos depois, mas me lembro da construção do pavimento superior onde hoje imagino dormem ainda as suas meninas. havia um balanço (perto a maquina de lavar, o tanque, a pia) a minha tia, fazia (e faz) um bolo que vou contar... difícil de imaginar, só o paraíso traduz lugar que aquele bolo podia levar. tenho lembrança de ainda criança esperava a hora pra o colégio com o leite perto e a balançar, o susto que o chico deu. - ele tinha um jeito nobre de se dar, de se portar, tinha também uns bons conselhos - alias os de lá ainda têm, beto me deu o melhor: não cabe aqui... - o que não me esqueço é que nós nos espelhos guardamos nossos os melhores desses empenhos, lá, todos os risos são verdadeiros. sou todo eu, de corpo inteiro - mas, aquela altura, no balanço daquelas horas, seu velho corsel - que era novo - me lançou num pulo com aquele susto, o leite todo se derramou. jorrou por sobre a roupa quieta que se esperava quarar com o sol que ainda não vinha. ninguém nunca soube, ele se sorriu, fez gesto em segredo de quando se pisca o olho com o dedo à boca, como quem pede dali, qualquer silêncio. foi bom o exemplo. presença de espirito.
hoje, quando me lembro, eu bem percebo quão quanto pode me ser sim sincero rir-se sem espelho. hoje eu bem me empenho e a isso. meu compromisso é não ter com a vida um só desperdício... vivo como se fosse já nunca o fim, mas esse inicio.

no atravessar da augusta.

o tempo tem me mostrado que o que empregado de um jeito errado só tem me entrado mei' que forçado ora assim sair sem ser esperado -
ora então está tudo errado
e é nesse vômito que eu mei' atônito vejo esta idade, toda essa efemera iniquidade de ser cidade e não ter lugar pra descansar a paz nem tanto faz já nem condena qualquer problema de ser-se assim - de refrão triste ou dedo enriste que aqui reside contrariar
daqui pra lá, ilha ou guaecá. é só você que vem faltar. (to pegando raiva desse lugar, por não te encontrar)
as vezes, penso: pra que lutar?se tanto importa, fechou-se a porta pra eu entrar de novo o velho desfecho, mesmo penhasco. e eu asco assim... pendulo de mim, falta é você.
mas já não me queixo se assim me olhar feito esse estranho, indigno - usou uma palavra forte outrora, mas nao consigo agora pois me lembrar - sei que gostei. estranho pensar.

o tempo tem feito de mim o que vier. sou pedra na ribanceira - não há paz em mim, aqui. não há nada porque lutar se eu bem parar e for pensar, mas penso - e todo é torto - não a graça de então me estar.
gusta nao gosta tanta desgraça nem mesmo a farsa de fingir ligar. chegou a hora de parar. e paro. reparo bem. mas ninguém nota, estou eu indo de volta.
+
criar de novo, novo lugar. no horizonte distante... zerar, esquecer mais que aprumar. nunca jamais recomeçar - sinto muito, não vou voltar com o prazo que aqui me deram vou pra onde quis sempre me estar. (no inferno o inverno sua. de toda nua que eu vi na vida, você é sempre a mais bonita - e isso conta?) 
não.

E tudo pro alto...

não sei explicar.


ha coisas que atravessam a gente e lá, em algum lugar de onde, pesam bem mais que tocam, fere rente sempre pra se abrir com o corte espaço para poder voar. eu, que em mim transbordo. não consigo me escapar - nem sempre me comporto mal, nem sempre sei que o que aqui de fato, de mim, qualquer conforto, mais que esse corpo que teimo habitar.

quero sair pra ver que há - tenho mesmo fé na humanidade que há nesse corpo humano que a mim carrego. eu me apego demais as coisas; as pessoas, por outro lado... fico sempre assustado. surpreso com o que me agrego, com o que me entrego e serei lembrado. (e serei?) está tudo errado sempre - me diz chorando.

cada um vai contando sua historia como gosta de enxergar, não consegue evitar que a dor lhe invada e vague - deixo tudo onde está. pra que lutar afinal? é disso que então preciso? sua cota de um só sorriso? sempre irei te almar, como tudo que eu quis tentar. pra sempre é de acreditar. mas o acre existe?

ha coisas que até versam, coisas de se cantar, e mesmo que eu ande longe - tesa já onde bem já se há, vai range os dentes - de repente, o tempo dessa conserva converte a mágoa num tempo bom. tempo de OM, (de meditar), vou partir daqui e assim, ao fim de tudo, remediar.

conservo na cicatriz tudo que assim se quis, pude e talvez não fiz, ou sim e foi por um triz - não quis notar. um dia há de se estar, tudo em seu bom lugar quem sabe nem se esta longe pra então chegar... mas, por enquanto, vai, fique onde está.

...

VO MORREU GUSTA'QUI LUI SUMIU E ESSE ÉSSE SE PERDEU NO MEIO QUE HAVIA EM MIM E, SE ALGO FICOU TRAZ, HOJE QUE É TANTO FAZ, NÃO PODE ASSIM.



Faço um rock na sua jaqueta, um samba para outro fim. Faço riso de sua careta, de tudo que é belo assim...


*
Sim. Eu cresci naquela árvore. Lembro de ela nascer.
Hoje eu gosto de ficar em meu apartamento. Assim é minha vida, sem anedotas, piadas cruas.
Vejo nas ruas - nas mais escuras - becos pra eu me esconder, mas não gosto. Saio ocasionalmente; mas no meu quarto tem uma janela que dá diretamente pra sua vida. Que fica lá, escondida. Como se fosse pra eu achar - alguma coisa. Podemos ver o tensionamento firme dessa linha longa que retira a forma da conformidade e desfaz e refaz o fazer vazio.
Nunca pensei, - inevitavelmente - jabuticabas são um elo entre eu e você. 

Sempre gostei de jabuticabas.

Nunca pensei, - inevitavelmente - nunca me vi em meu próprio reflexo até querer mesmo já me esquecer. Moro num apartamento minusculo, acho que vou morrer aqui. Jabuticabas de feira não tem sabor. Nada tem graça aqui. Que saudade que eu tenho daquela arvore. Que falta que me faz você...

pedras e perdas.



Palavras que
bradas


(Gritos ensandecidos no silêncio da madrugada.)


Palavras
que
bra
das


amontoadas 
dentro
daqui

Palavras
pra
ti
par
tir






(Não digas nada. Só fique aqui.) 
Não se ouviu nada. Nem nunca mais ali. Aqui, tudo é silêncio.

Esse desejo.

Gosto quando te vejo. Desse seu jeito.
No entanto, sei que é uma estrangulada...

EU TAMBÉM TENHO SAUDADE E UMA CICATRIZ.
Ta bem aqui, ao redor de mim.
Outras coisas. Transo cidades bala perdida pra ver se penso em outra coisa. Também tenho uma pilha de coisas que assim me insiste sempre em pilhar. O que exige paciência.
- Gustaf, meu amor morreu.
- Minhas condolências. Se eu soubesse um salmo... Tudo que sei é que te amarei pra sempre. É claustrofóbico.
- Gustaf, você também precisa esquecer. Me deixar esquecer.
Se não fosse verdade, eu a pediria em casamento e viveríamos felizes para sempre. Mas eu pisei na bola. Tinha tanto medo em mim aquela hora, que agora... Agora tanto faz embora, eu te queira mais. Àquela calçada que a gente queimou, que a gente pensou, tanta coisa ainda por vir...
O problema é que sou um patife. Patético, e talvez mereça mesmo passar por isso. desde o inicio, o meu sacrifício, foi te poupar de mim; de me ver assim; do que ha por vir... E eu tenho tanto medo ainda.
Mas, e, já que eu sobrevivo; eu vou levando tudo comigo e agora você. Você não vê daí, mas eu te chamo. Deixa eu então te ver?



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