parei no transito por acaso no caos da cidade a tarde por sob o sol, por sobre o asfalto, tantos panfletos. tantos lamentos num canto qualquer de cidade, tantos porens... 
subi as mangas quando desci do carro do outro lado, cruzei as pistas sem olhar ninguem, só a placa no edificil, era um nome dificil, acho que de algum lugar distante, desses sem onde, e a gente se sente menor por nao saber falar... praque que iriam me aceitar? passei sem nem chamar a atenção, invisivel que sou, fui pela escada... tantos lances, tanto é o silencio pra se confortar a dor de cada passo, degraus sao maneiras estranhas de impor a gente realidade, sempre é uma forma de nos por abaixo. se nao estou muito pra subir, tenho sempre de descer. mas foram 30 e tantos pra cima e minha sina era de entao voltar. entao, voltei. a porta era a mesma, o mesmo jacarandá. aquele estigma; aquelas pedras frias, aquela ardozia. tremi diante da campainha. tive medo de estar ali, atras da porta, em silencio, querendo evitar, ha dias avitando a rua, a luz dos corredores, o acessorista, os "tudo bem"... ninguem mesmo quer saber e você sabe. tinha medo de que estivesse ali e vivessemos tudo de novo, aquele papo, aquele saco, aquele salto, e o chao de asfalto, e as pedras do calçamento, tudo tao sujo de você... fiquei ali por uns minutos, fiquei assim inda mudo pois nao tinha o que falar, toquei a porta assim com calma, em silencio um belo discurso, cheio de coisas bonitas de um coração alado. voltei as escadas com todos os pedaços que eu podia carregar, o que nao, deixei por la... sentei a sombra do velho carvalho que ainda sombreava os nossos nomes no cimento, desatei os nos, desatinei, quis voltar a fumar... eu quis chorar, eu quis gritar seu nome. eu quis... eu quis tanto que ainda estivesse. eu quis tanto que eu pudesse, mas ainda tinha de almoçar, então... dobrei a esquina.

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