Numa esquina qualquer de cidade

num pedaço de giz ainda o ponto final. loucomotiva asas aereas num tom qualquer de azul sobre o cimento. por um momento, estavamos todos tolos na varanda vendo o sol varar as frestras, quarar os dentes de Bernard. enquanto ao longe detras das colinas do sul uma jovem me fechava a porta e a janela pra se embolar na areia - fragmentar saudade.
Uns morreram no decurso, outro o mar levou, ja alguns se suicidaram e Gustaf ficava ainda em seu silencio. afastando pessoas por nao saber lidar. lembro de quando o medico doutor Feliciano deu-lhe a infeliz noticia de que sete de seus pontos já estavam la pra lhe sangrar memorias e que se um apenas se decidisse entao vazar um dia; tudo se acabará.
lembro dos olhos e das mao ja sem lugar: eu gosto mesmo é de doer. eu gosto mesmo é de chorar. tomou dos oculos pra se ocultar no ventre da rua, e foi sem caminhar... e, pronto, nunca mais nos vimos.

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