De saída.


Não por isso que nasceu no underground de todo movimento chulo e teve sua ascensão durante este desbunde, ou seja, lá, ninguém sabe de nada ao certo. Como tudo nesse país, veio importado de outro lugar seja lá do alto norte ou mesmo de terras mais fortes e velhas, gostamos sempre tanto delas... De insatisfeitos foram feitos todos sob a idéia de que aqui plantada a liberdade nessa terra tudo dava, o sonho brasiliano de tanto capital, esse regime de meiar o meio que sobrou porque se não sobrasse... ah, se não sobrasse... Porem, tudo tem um porem... De encontro a esse contrario de enfrentar qualquer direita qualquer poder e ordem poucos aqui se tinham e eram aqueles que protestam ali prostrados, os corpos e as condutas, os copos enviesados conduziam os transviados pra qualquer revolução...  Desse povo desbundado, sobrou foi eu... Aqui, bem desse jeito, desse jeito mesmo, sem lugar nem opção que não meter com a mão o tapa na cumbuca do ladrão e tirar minha pataca e soltar tudo na rua pra o caminho ao fim do mundo... Que um dia de se chegar... Já cansaram anunciar. 
Terra de ninguém vem lá, que ninguém quer ir de fardo, quem foi voltar de lado, ninguém viu ouviu falar...
Depois de longas reflexões e abdominais as dores dos rivais quando me corriam atrás sem me poder tocar. Contudo, mesmo com tantos trabalhos sobre diversos aspectos da cultura marginal eu me achando e tal erro descomunal foi achar que já me tinha pra então ter me perdido... ta é fudido mermo! Disse o intelectual por traz dos óculos de alto grau sem ver que nessa historia assim de furna não há um só que salve que salive a cabriúva. Que admire mais a uva que o vinho de outra safra... 
Tendo em vista essa perspectiva, foi na cannabis-sativa que o homem encheu o saco de ser assim tão forte desse esparro que mereço - de esporro em esporro, esbarro que não agüento tanto escarro sem tirar qualquer de sarro. E me chamam de outro mundo, vagabundo e é aí que eu bem me abundo. Vou tirar qualquer de lado e do fim vou mais ao fundo...  
Estes acontecimentos, na medida em que iam complexificando o mundo sublunar, na contrapartida iam exigindo uma ampliação da linguagem, uma vez que a descrição dessa nova configuração exigia uma ressignificação e uma reapropriação dos objetos, o que seria possível, justamente através de uma renomeação do mundo. (CASTELO BRANCO, 2005, p. 56)
Pois bem vamos lá, Seu mundo é uma merda e o meu é esse que inundo.  (solidão)
...sentindo e ressentindo o fardo da comunicação petrificada desse período em que me olhas no silencio entre um aponto e outro de meus defeitos na minha cara, dei de achar poesia todo dia bem onde me cabia e onde não, eu escrevia o que qualquer diria se assim quisesse um dia
Não houve. Ninguém me ouve de fato. (Foi por isso que eu parti sem deixar qualquer relato.)


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