UM E OUTRO

UM
Havia então ali pouco ar pra respirar talvez por isso enquanto havia sol saltou pra ver de um medico. A um doutor se pressupõem sempre saber das coisas um tanto mais que outras pessoas. Hipocondríaco, procurava algo que lhe curasse àquela altura de suas tantas desventuras. Saiu-se com um bom dia e tudo certo pra esse então; deu que ficou outro se adormecendo pra não doer como se fosse solução aquilo que não se tem remédio

OUTRO

Pra se livrar do tédio passou-se como sempre passam as horas aquele dia e tantos outros centrado em seu mundo de alusões poéticas e aquelas tolas congruências de uma vida vazia entre as paredes frias do leito em dormitório, mas nenhum sinal, nenhuma notificação. Correu que anoiteceu e ninguém lhe deu explicação. Ninguém lhe deu motivos pra seguir, - tudo é vão entre o que não se pode tocar com a mão. Deitou pra estudar das coisas da língua portuguesa. O tal que se acendera pra uma idéia bem mais que o ideal, mas pra veicular programa esse era a redesconstrução* – e era de ser final. Há sempre muito pouco tempo pra ter e era de mão puxar a direção, assim desse jeito não dá mais não, se ouvia sempre o mesmo sermão. Pobre garoto crescido que leu de muita letra. Tomou de todo chá. Viu de tanta coisa. E se perdeu no meio, um pensa. Outro não. Os olhos, atentos sempre. Rijo a toda hora passar; e a quê? Pergunta essa não quer calar. Mas ele nunca me disse nada.





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