Divãniando

nestes dias tenho acordado sempre tarde. o sol que arda la fora. só mesmo depois; duas vitaminas e um copo dagua com sumo de limão e um pouco de boavontade pra seguir meus seis quilometros a pé com dores no corpo todo e tantos aís quanto me escapem. daí começa o dia.

MINHA AVE DE BRUÇOS MINHA DOR DE BORCO MINHA VIDA TUDO MINHA VIDA NADA

rosa por fora polvo por dentro uma flor a vista um forno e uma prisão a vida depende de um ventre e dum diapasão 

ouves-me Sigmund? Franz tambem era psicopata. 

Ha dois tipos de vida: a minha vida e a vida alheia

faltam versos no poema e há conversa a mais. estive tanto perdido entre estas letras de tantos sons que sonhos tanto são só bagagens pra extraviar. estiva é profissão rude trabalho sem rosto ai é um lamento uma auto-concessão

percebo: custo acreditar no amor(daçar) com aquilo que me jorra quase sempre sem querer

MINHA ESPERA FROUXA MINHA INCONVICCÃO MINHA TRISTEZA IMUNDA MINHA AVILTAÇÃO

são frei frade a confissão é uma independencia e a liberdade nao implica justificação. os meus irmaos cegaram piamente frases perdidas não foi minha a condução. Ouves-me Sigmund Freud? não ha fraude alguma aqui. Kafka é psicopata. Leu já Carta ao Pai? Matava eu tambem com a dor de um nao dizer, morrera a quem tiver. tenho tambem a verdade nos olhos e a verdade nao é verdade sozinha, precisa duma igreja e duma linda procissão. um bom cortejo a todos é o que desejo quando se forem pra carregar