ha sempre algo no céu pra nos distraír

lhe aponto toda cor posta no infinito imponderavel o esforço titanico de uma frase feita à pressa do interim de um lapso metafisico a terra suavimente (você diz: é um avião!) e a gente ri do sono acelerado o sonho solto e a morte guardada pra depois com os frascos e joias, tesouros e outras estorias de se gozar na cama as coisas tem nelas a historia por mais histerica parivel ainda assim ultrapassada memorias na poeira sem remorso musica nas portas da saudade sangue no peito palpitando sempre a calma das flores na janela cheia de ecos da fraternidade imaginaria e os brincos de cansaço nos ouvidos desse tempo sexo na poeira do desencantamento uma ave daninha na opode agir pelo coração porque o amor dos comprometidos é sempre mais puro que bonito e aterra suavemente (é um avião!) saem-lhe palavras da boca mel ainda ensalivada enxague de um ultimo beijo perdido num canteiro seco de flores aterra suavemente (é um avião!) solto em queda livre um seculo inteiro metido em dois segundos ultrapassa um trovão no arco-iris imersa intacta em imenso nevoeiro a re-volta imprevisivel do regresso ao mesmo tempo e a terra toda suavemente em contramão (a gente nem liga)

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