Pes a delo e a ponte

foi num canto qualquer de cidade que eu vi tudo se havia mudado e eu mesmo no beco dos olhos com meus murmurios da tarde pra dança do fogo não tomei de raiva ou consolação... decidi que nao queria o paraiso em minhas mãos nem o inferno desses dias, queria nada. 
o erro foi meu de ter mudado como muda o tempo e o céu. enquanto você finge que chove eu finjo que aconteço e tudo é tanta compaixao por esses dias entre as flores de um lugar que nao devo nem saber e eu nao me esqueço isso ja vinha antes... a quem é que querem enganar? eu sei que as dores me levarão embora cedo ou tarde cada dia é sem alarde que me encolho no porão de minhas ideias sobre isso e aquilo que nao esta mais em minhas mãos... eu ja nao quero nada, nao tenho nada, nao resto e a nada hey de sobrar, sou hoje sombra inofenciva que a gente pisa sem notar, sou calice que ninguem estende a mão, sou o negro o escuro do meu sangue, nenhuma gota ira lavar as suas pedras. as suas perdas. nenhuma imagem a se fotografar. é de um canto qualquer de cidade que sigo em frente, descendo escadas, pisando as poças sem olhar nenhuma outra dessas moças de cidade...

nao quero nada, não espero nada pra um final. nem paz nem oração, e quando o vaso entao romper, só o silêncio, e ha de esquecer, ha de esquecer... 

e sera breve ou como for - vou me sentar com boto ao lado e depois de um bom abraço ouvir tive razão. quanta saudade meu amigo, quanta entao deixou-se sem falar, quanta agua nessa ponte por baixo como eu? as flores perderam a cor nessa transfiguração, o perfume do lobulo da orelha pequenina, dos cabelos da menina pra quem dei meu coração, que cheiro é esse? e o sentirei mais, não? não... não quero que ninguem saiba que estou ja de partida, que tomei desta avenida que é daqui pra o trianon, que andei a noite inteira, que cortei da sombrancelha, que a radio me tomou/rá/ria toda força e brincadeira. que vivi e foi tudo em vão. que eu parti sem seu perdão. meu amigo, bote a mao comigo quando agua me levar, quando o fundo me alcançar... quando eu for vem me buscar... não me deixe aqui mais não.

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