Gerson.



outrora, num trem pra aracare, o mais velho desses irmãos, se entristeceu calando de repente com as lagrimas todas a mostra como quem ja se anuncia; é dessa meu caro a ultima da vez que vem comigo ter?
houve que ninguem ouviu o silêncio romper os corpos e as vidraças - por um instante, nada ficou no lugar. o novo foi quem chorou por nao saber ainda se dominar e foi de um efeito feito com os dominos... quando um derruba o outro, só o mesmo o velho manteu-se firme... por nao saber.
neste dia, os dois se uniram e se brincaram como ha muito e ha muito não. riram-se tolos, despreocupados puxaram-se nas cordas, brindaram ondas no mar das aguas ja fugidias. e no tempo de dois um só se viu razo em seus olhos a mais profunda dessas saudades, se transbordou e se perdeu... levou na vida o que fica quando algo falta e foi o que deu... hoje me olhou nos olhos e entre um trago e outro me perguntou mesmo querendo saber: quantos anos sao necessarios pra reconstruir um instante?
...o que eu disse? depois de um tempo: quanto se cabe nesse abraço?

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