saindo do interior viajaram de trem pra capital - no vagao encarrilhado um homem vendia sonhos. os olhos dos meninos ja transbordavam com a paisagem emoldurada em transmissao.
desembarcaram na plataforma da estação central e desceram pra cidade cheia de luz e cores, movimento; pessoas estranhas falando uma lingua estranha - nas entranhas o medo e a contemplação. tomaram de um carro de aluguel, era a primeira das vezes em um mercury 66' desceram na ladeira de uma nova vida com os olhos cheios de lagrimas sem derramar enquanto que acima um velha rural anunciava o risco e o acidente que a sempre a espreita pra o desatento e ao deslumbrado - o sangue lavando as pedras magistralmente tornava o susto o maior dos sentimentos e com aquela calma que só o desespero traz, os olhos assustados percebiam tudo lentamente... à cidade nada disso importa, se porta a fora o medo invade e quanto se toma pois nunca mais saira fora... e assim tem sido e agora. (?)
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