SEM TITULO


Eu vejo tudo lentamente enquanto eu passo... Meu pai parado, sério. Os três, meus quase irmãos, vinham sem saber, às mãos dadas em corrente. Ninguém corria pra encontrar. O vento soprava tranqüilo na saída de ar, temperatura baixa, poupado ao corpo de suar. Não teve alarde, nenhum cartaz. Ninguém. Ninguém se anunciou. Eu mesmo tranquei dois cadeados antes de sair, a chuva é que cessou sozinha. O pássaro da gaiola pendurada não deu um piu a noite inteira, se suicidou na calada da noite, acho que achou injusto saber do mundo, ter asa e tudo e ficar ali. Tudo parado afinal num mesmo lugar, comum. Eu paro e poso também, fumo o cigarro, - ou será o contrario? Duas moças se acariciam as minhas costas, o outro olha e então me ri. Proibido fumar, li o aviso. “Last days a week?” Onde é que é aqui? É o final? Como é que é? Não, ta tudo errado, não pode ver? Não vejo nada, e sigo...

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