como vai, minha mãe, como vai?
vou bem. cumprindo com minhas cousas daqui e ainda trabalhando em mais um livro, pra arejar a cabeça, (trata de encontros e desencontros). a priore é uma boa história, inspiradora. venho muito criativo nos últimos dias, cheio de idéias. estou surpreso comigo. sinceramente, não me recordava, há um tempo, como era estar-me assim tão sóbrio, não ao tanto.
tornei-me vegetariano e venho bastante interessado, também, as praticas do zen-budismo, embora aqui, pouco se discuta a respeito. muitos dos jovens daqui não têm praticas religiosas ou interesses em comum, mas convivemos cordialmente. quanto aos reitores, são boa gente, esforçados. apregoam a disciplina e a boa conduta. estava mesmo precisando de algo assim, sabia? pseudo-mobilização, rs.
aqui, diferenciam-se os meninos dos homens, os fracos dos fortes. é admirável, entram “cheios de marra” e pouco depois são cordeiros inofensivos. à noite, choram feito criança, chega a dar pena. o estranho é não ter passado por isso, claro, tive medo, muitas noites passei em claro, por aqui. ih foram tantas...
mas não era como eles, não assim, tão frágil. não que fosse mais que eles, não é isso, só acho que me falte esse medo de mim. esse martírio. eu sempre me soube e quem fui, eu me construí, sabe, fiz-me sob meus moldes - equívocos, é bem verdade - mas sabia quem era, e hoje, quem é esse “careta” aqui no espelho?
sabe, acho que envelheci uns anos nesse ultimo mês.
dias atrás, em uma consulta, dei por conta que são tão insanos quanto eu, os analistas. tão confusos e inseguros... a cada manhã, me certifico que o mundo é mesmo de absurda insanidade, queremos nomear e medir as cousas. atribuímos nossos conceitos e julgamentos a estas cousas e assim nos associamos a elas, certos ou não, e onde é que vamos parar? onde é que queremos chegar? se é que vamos ou queremos... coisa de louco...
às vezes, queria lobotomizá-los todos com ondas frequenciadas indolores, para que agissem feito a gosto... uniformemente... espera aí, não é isso o que nos faz a tv? então é isso, tv aos analistas! tv ao povo todo!
que falta faz um aparelho desses por aqui...
como é que vamos de copa? será que dá pé? Bem, se dá, não sei. Mas, eu vou indo... te cuida.
vou bem. cumprindo com minhas cousas daqui e ainda trabalhando em mais um livro, pra arejar a cabeça, (trata de encontros e desencontros). a priore é uma boa história, inspiradora. venho muito criativo nos últimos dias, cheio de idéias. estou surpreso comigo. sinceramente, não me recordava, há um tempo, como era estar-me assim tão sóbrio, não ao tanto.
tornei-me vegetariano e venho bastante interessado, também, as praticas do zen-budismo, embora aqui, pouco se discuta a respeito. muitos dos jovens daqui não têm praticas religiosas ou interesses em comum, mas convivemos cordialmente. quanto aos reitores, são boa gente, esforçados. apregoam a disciplina e a boa conduta. estava mesmo precisando de algo assim, sabia? pseudo-mobilização, rs.
aqui, diferenciam-se os meninos dos homens, os fracos dos fortes. é admirável, entram “cheios de marra” e pouco depois são cordeiros inofensivos. à noite, choram feito criança, chega a dar pena. o estranho é não ter passado por isso, claro, tive medo, muitas noites passei em claro, por aqui. ih foram tantas...
mas não era como eles, não assim, tão frágil. não que fosse mais que eles, não é isso, só acho que me falte esse medo de mim. esse martírio. eu sempre me soube e quem fui, eu me construí, sabe, fiz-me sob meus moldes - equívocos, é bem verdade - mas sabia quem era, e hoje, quem é esse “careta” aqui no espelho?
sabe, acho que envelheci uns anos nesse ultimo mês.
dias atrás, em uma consulta, dei por conta que são tão insanos quanto eu, os analistas. tão confusos e inseguros... a cada manhã, me certifico que o mundo é mesmo de absurda insanidade, queremos nomear e medir as cousas. atribuímos nossos conceitos e julgamentos a estas cousas e assim nos associamos a elas, certos ou não, e onde é que vamos parar? onde é que queremos chegar? se é que vamos ou queremos... coisa de louco...
às vezes, queria lobotomizá-los todos com ondas frequenciadas indolores, para que agissem feito a gosto... uniformemente... espera aí, não é isso o que nos faz a tv? então é isso, tv aos analistas! tv ao povo todo!
que falta faz um aparelho desses por aqui...
como é que vamos de copa? será que dá pé? Bem, se dá, não sei. Mas, eu vou indo... te cuida.
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