ZUZA LAVIAO

vivermesendo haver
olhos bem grandes
avolumam o ar


inviolável
vibra a noite
e sua ferrugem
cresce no jardim
de fuselagens


entre os destroços
as peças identificadas
- uma a uma -
são vitrificadas


salvo a mancha-sangue
pomba de outrora
branco de "vôo em negativo"


_


(Há falhas no nada, Zu-
za. No canto da boca,
Espumas. Convulsão sem título.)


lava-se o asfalto
e a mesa está posta
para arremessarmos contra ele
um novo poema

Um comentário:

Vinicius disse...

Gostei da criatividade e talento na moldura das palavras.

Abraço,

R.Vinicius

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