Faço um rock na sua jaqueta, um samba para outro fim. Faço riso de sua careta, de tudo que é belo assim...


*
Sim. Eu cresci naquela árvore. Lembro de ela nascer.
Hoje eu gosto de ficar em meu apartamento. Assim é minha vida, sem anedotas, piadas cruas.
Vejo nas ruas - nas mais escuras - becos pra eu me esconder, mas não gosto. Saio ocasionalmente; mas no meu quarto tem uma janela que dá diretamente pra sua vida. Que fica lá, escondida. Como se fosse pra eu achar - alguma coisa. Podemos ver o tensionamento firme dessa linha longa que retira a forma da conformidade e desfaz e refaz o fazer vazio.
Nunca pensei, - inevitavelmente - jabuticabas são um elo entre eu e você. 

Sempre gostei de jabuticabas.

Nunca pensei, - inevitavelmente - nunca me vi em meu próprio reflexo até querer mesmo já me esquecer. Moro num apartamento minusculo, acho que vou morrer aqui. Jabuticabas de feira não tem sabor. Nada tem graça aqui. Que saudade que eu tenho daquela arvore. Que falta que me faz você...

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