Acordo as três da manhã e eu nao consigo pensar direito, e deus me livre se houver um trovão. eu acordo com a corda no pescoço e tudo me chama pro mundo. eu me levanto e meio mudo eu me explodo um pouco, tanto. eu me acho feio no espelho e nao me emprenho em mudar, eu tomo banho com a agua fria, um sabao barato. condiciono a dor pro ralo.
tenho sempre pouco tempo de manhã, me visto com pressa eu cedo a pressao e tomo de um café na escada, isso me eleva a dor e pena. eu trago a cidade na fumaça de um cigarro. o ceu da cidade escuro e eu com minha roupa suja de ontem amassada vou seguindo a estrada. pago a entrada e vou de metrô, aquele monte de gente com suas caras tristes suas horas e contas. será que existe alguem contente no metrô aquela hora? chego acordado e com certo atraso ao tatuapé, no banco do ponto estao todos la com as caras inchadas e o mesmo olhar de "que vai dar?" eu vou na janela quando chega o onibus. o motorista e seu sorriso e o dedo em riste, jóia. mais um dia ja vai começar.
na estrada com a paisagem emoldurada e sonhos no bolso eu vou preparado. algum cochilo, pessoas desconhecidas fazem amor num banco atras. trazem sonhos. sao cinco minutos de voce, as vezes sao tristes, as vezes sao engraçados, bobos ou sei la, mas sao voce. e esses cinco minutos me fazem sentir bem.
o onibus cumpre seu trajeto, eu passo o ponto no terminal. eu sigo as alamedas, o sol tem uma luz otima nos vidros e no chão, ajeito a gravata, os dentes no espelho. alguns bom dia e eu ate me sinto bem, chego em minha mesa, as mesmas piadas, e quando chegar a hora, voce me avisa quando estiver preparado. um café pra acordar e, é hora de trabalhar. como são tristes as outras pessoas. próximo!

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