VOCÊ NÃO SABE NADA!

Pois bem! Nada mais é como era. Coisas. Isso se ecoa já há tanto no vago dos corredores das cucas iluminadas, e, tanto, que já nem nota-se mais. Vazou nas rachaduras. E isso, em certo modo, o aspecto é positivo. Certamente – e eu particularmente gosto de coisas certas – que, a vez de seu tempo fora lançada contra tudo e outras coisas; e o que, diante do impacto, não se mudou, de forma e espaço, peso, (grosseiramente falando) – e isso, a fruto de muita historia e, quase toda tem uma dor peculiar, de tão, que quase sempre é fatalmente, e fatalmente é sempre ruim, não acha? Sempre mesmo há uma dor – há de se ter – sempre mesmo e infelizmente. Mas há também as que não, e, bem... As que não; o outro, já levou consigo. As que ficaram, e quase sempre são bem poucas a sombra mesmo do que eram ou se imaginava antes. Ainda assim, as poucas que ficaram, porque sempre fica alguma parte, por ínfima que seja; bem, essas, infelizes, quase sempre a gente esquece. No final, volta tudo e nada é mesmo como era, e já que tudo muda com o vento das acácias (e da ampulha ainda se acaba). E o aspecto disso também é verdadeiramente positivo, ponto.


Coisa interessante, não é? E vem primeiro, – e acaba mesmo –, o bicho homem, que antes de homem ainda é bicho, e como todo, porta-se assim. Nossos instintos, por mais animalescos, precisam ser domados, disciplinados; assim nos manda, a velha ordem das coisas – coisas do homem, o social não é assim? –; segunda coisa na ordem de importâncias em questão. Por fim, em tudo isso, ainda há sempre, entre o céu e a terra, a consciência do individuo diante a tudo isto. Partindo do preceito de que “Vida é o que acontece enquanto você se ocupa com outras coisas” (/John Lennon); Eu, indivíduo; - e ate que se prove o contrario acaba sendo mesmo, ou quase isso - enfim, o "Eu", natural de mim, egoísta que sou, não quer sofrer mudança alguma, ao contrario disso, luta incessantemente para saber quem é, contra ate a historia de que o tempo tudo muda, incoerente, mente? Pois, sendo assim, nada é, e, portanto, a questão seria mesmo "Quem estou eu agora?", sempre me vem isso em mente. E "Como esta tudo agora pra eu estar assim?", "Esta tudo em seu lugar?" – lugar de agora, lembro. O tempo continua ventando suas distancias, lançando seus gafanhotos sobre tudo e nossos rostos; e principalmente eles, que mais nos importa, enquanto que o Eu do individuo persista, do animal. Se nada mesmo é como antes, o eu também não, então pra que querer sempre voltar e ser o que era segunda vez? Felicidade, essa suposta, caçada viva ou morta em todo beco de cidade, essa aí, é posição fetal. E fatalmente, conforto que não volta mais – e o aspecto disso também é positivo, ínsita o caminhar. Todo caminhar é valido, mais ate que algum destino. Mas isso, bem... Não cabe aqui.
A coisa é que as coisas vêm em tal tropeço escada à baixo que o tempo ate se perde sem caminho, ate o vento bate estranho, sempre. De lá pra cá, tanta catástrofe, guerra, tanto desastre; a atmosfera com um buraco, o ar catando peso, massa, e o homem que é mais bicho que o contrario, - e acha isso ser errado. Por isso fere e mata, maltrata a tudo, o homem. Câncer que se alimenta de si mesmo, e cresce, destrói. Pior! Nem pra alimento. Fustiga lamina na cara de um deus de que adotam a culpa, e dizem que é sempre com razão as coisas estarem como estão. É parte de algum plano? Onde?
Eu não acredito, ou ainda credito a deus alguma culpa ou plano algum – e agora falo de mim, só e particularmente -, eu não compactuo com isso! (Não mais). Aos moldes de meu tempo quando ainda era menino e as convenções que me regravam não eram as minhas, e ainda assim, vá lá opinião. Eu não, hoje não. Procuro ser honesto então comigo, e implico-me com o que esta aí. E se deus que fez, que quer assim, que tanto importa, que seja assim... Está aí já a coisa e agora eu, como é que eu fico, onde eu apito e apito toca? Onde é que eu faço parte, onde é que importa? Qual mesmo a meta minha, há mesmo alguma dessa? Quais são as regras?
Já admitimos que a tudo, tudo se muda, certo? Já admitimos a posição de que homem seja bicho, antes de tudo, certo? Que sendo bicho, logo, há sua cadeia, nicho e maneira? Que opositor e o articular não muda muito e pra facilitar ate a interação? Que existe sim força de regra e, regra essa, não difere ou está pro homem com um jeitinho de abrigar carinho né? É tudo igual pra todos e contra ainda os fatalistas, nem tudo aconteça certo e nem sempre ainda é mesmo assim, ainda. Estamos certos nisso? Ótimo; contudo e, entretanto, há ainda as tuas escolhas, certo? Se há, não tem destino né? Então se tudo muda é porque mudamos nós? E o que nos muda? E emudece? Nunca é o silêncio.

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