PARA FERDNAND BASIL, DOVER - UK
O CÉU SUBTERRÂNEO É terra negra lavada. Seus cabelos desgrenhados são raizes descamadas. Sua vasta cabeleira de filamento laminado afunda os pés descalços no solo áspero e sagrado. A terra é corpo e sangue, (dizem que lhe falta osso), mas sua estrutura é vibrante, não precisa de caroço. E eis que a negra terra que a tudo transforma recebe em seu peito aberto e sereno, golpes secos, como a bigorna. É um grosso vidro gume transparente e polido que fere a carne da terra com seu corte e estampido. A terra invertebrada, de corpo pulsante e macio, agora tem esqueleto qual morte ávida no cio.
entre a fresta, pés descalços no acerto de ser to-
rto, seco e pedregoso
o zero que gira lambe o vazio tece a esfera enovela a saliva
a concha de aço guarda o seu sol no fora do dentro da flor mineral ainda antes nem mesmo ainda o fundo gasto de pouco dispara o objeto sem sombras. Em instantes, a mais branca, a de menos mais intenso, esquecida há muito, invoca a lembrança do gesto formador:
ram o
de mar de
finição finis
sima
cobre-se com o manto inconsútil
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