JOAQUINA


as irregularidades tambem sao incoerentes quando é comigo eu nao babo no queixo nem nada mas que tropeço pelo mundo eu chuto fundo e mudo troco tudo de lugar com a lua mesmo assim me faço e refaço a cada pedra de escombro que me sobra apanhar... na rua
ah isso é comigo mesmo. é. eu mesmo me vi desde menino e a cada fluor a cada hino no patio eu queria menos estudar as coisas do mundo que é coisa que era de longe eu gostava mesmo dos cabelos de Joaquina do seu cheiro de menina do seu jeito de dançar. num era monge
na aula mesmo era eu quem bem queria sentar do seu lado brincar de ensinar de ouvir-concordar discordar pra irritar era eu mas nem sabia gostei foi muito de Joaquina e dali pro quarto ano foram quatro quadrilhas quatro danças pequeninas que eu perdi dançar eu nao sabia e Joaquina pobrezinha sempre era outro que restava e pra seu par tanto que eu via ela me olhar com seus olhos sintilantes como se soubesse que nao havia diamante que era eu pra se gostar e nada nada podia mudar isso
os tempos de colegio me vieram fugidios e faziam regras pra quebrar a ordem ja nao se cantavam os hinos e nem mais nada dividiam os meninos desse tempo era tudo magazine plastiquinho de tv todo mundo igual eu nao achava legal aquilo nao as coisas se chocavam e era tudo por besteira
fui trabalhar na feira e pra surpreza de uma freira gente boa que me cobrava fé, essas de freira sabe? ta! caí no rock n roll
era de sorrir moedas tambem de chorar por elas era de papel no chao era de empurrao em empurrao que eu ganhava os anos e o tempo assim passando eu cá lá o que eu queria todo dia Joaquina na janela e eu sorrindo pra olhar e via
tambem ria Joaquina era um sonho só
um dia nesse dia nao choveu mas me enchi foi de coragem e aquele que era eu menino bom de riso esperto olhar matreiro mas diante dela era um garoto qualquer assustado como gato em colo errado era eu meio ja gago quando ela me sorriu nem sei de onde saiu mas foi o que se ouviu, ela me cumprimentou disse meu nome e ate sorriu ainda
era eu moleira e o medo de falar besteira era ate o que me ia calar mas ja tava ali olhei pra ela e disse "cê qué saí?" e ela sumiu da janelinha tao bonita entre as florzinhas meu coração se apequenou mas tambem tadinho quase que se explodiu gigante o pequenino ante a mocinha Joaquina num vestido de bolinha que cruzava um tal portão... pensei: ja vou morrer - Eita que não!
eu nao podia era minha hora ali na vida e eu tinha de viver e era com ela - que hora aquela - e ficou foi mais perfeito ao dia em que a menina a menina Joaquina a menina foi e me deu a mão me deu um beijo e era eu um sorriso um riso enorme grande de monte largo-horizonte e por um tempo tudo tinha essa cor, era lindo maravilhoso mas como muito nessa vida... (e não digo orgulhoso mas), também passou. Hoje eu to aqui e Joaquina que nem sei. Sei lá. Soube se casou.

Um comentário:

Anônimo disse...

mecasariacomvcejoaquina.
umbeijo.

caróu.
http://oprincipevirouumchato.blogspot.com/

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